O Transtorno da personalidade antissocial tem como característica
padrão, o desprezo por normas sociais, e indiferença aos direitos e sentimentos
dos outros. Os indivíduos com esse transtorno possuem um histórico de
comportamentos irresponsáveis e socialmente ameaçadores, que se inicia
geralmente na adolescência e permanecem na idade adulta. Frequentemente as pessoas
com esse transtorno possuem um histórico de transtorno de conduta envolvendo um
padrão de comportamento repetitivo e persistente, no qual ocorre a violação dos
direitos básicos dos outros, agressão a pessoas e animais, destruição de
propriedade, defraudação ou furto, ou séria violação de regras. Essas pessoas
criam problemas para a sociedade, pois esse transtorno agrega atos criminais
que ameaçam e ferem pessoas e propriedades.
Essas pessoas podem ser prisioneiros, pacientes internados de uma clínica ou consultório particular, o que em comum, os levam a procurar tratamento normalmente é uma pressão externa para que o indivíduo "mude". Familiares, instituições de ensino, empregadores e principalmente o sistema judiciário fazem com que a pessoa com transtorno de personalidade antissocial busque tratamento.- Fracasso em conformar-se com as normas
sociais, indicado pela execução repetida de atos que constituem motivo de
detenção;
- tendência para enganar, indicada por mentir
repetidamente, usar nomes falsos ou enganar os outros para obter vantagens
pessoais ou prazer;
- impulsividade ou fracasso em fazer planos para
o futuro;
- irritabilidade e agressividade, indicadas por
repetidas lutas corporais ou agressões físicas;
- desrespeito irresponsável pela segurança
própria ou alheia;
- irresponsabilidade em honrar com as obrigações
financeiras;
- ausência de remorso, indicada por indiferença
ou racionalização por ter feito, maltratado ou roubado alguém.
As
pessoas com essas características têm uma visão de mundo pessoal, nunca
interpessoal, não conseguindo assumir o ponto de vista do outro. São
resistentes à terapia, mas quando submetidos ao tratamento conseguem um
resultado positivo em suas habilidades comportamentais sociais e morais.
A terapia
cognitiva vai ajudar o paciente a fazer uma mudança de pensamento, em termos
concretos, imediatos e assim ter uma maior consideração interpessoal através de
crenças alternativas e ações possíveis.
Fonte: Beck, A.T.; Freeman, A. - Terapia cognitiva dos transtornos de personalidade. Artes Médicas, Porto Alegre, 1993. (Original publicado em 1990).
Diagnnóstico e estatístico de transtornos mentais. 4a edição. Porto Alegre: Artes Médicas; 1995
Para saber mais:
http://goo.gl/JiFyw
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