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segunda-feira

Transtorno da personalidade Borderline ou Limítrofe




O transtorno da personalidade Borderline também conhecido como transtorno da personalidade Limítrofe, se caracteriza por uma instabilidade do humor, dos relacionamentos interpessoais, da imagem (ideia) que a pessoa tem de si mesma e do comportamento. As pessoas com depressão ou transtorno bipolar apresentam o mesmo estado afetivo durante semanas, uma pessoa com transtorno da personalidade borderline pode ter episódios intensos de raiva, depressão e ansiedade durando apenas algumas horas, ou no máximo um dia. Estes podem se associar a episódios de agressividade impulsiva, autoagressão e abuso de drogas ou álcool.
Muitos indivíduos com o transtorno da personalidade bordeline são inteligentes e talentosas, mas seu transtorno os impede de se desenvolverem, outros têm dificuldades para concluir sua educação, não trabalham ou têm empregos abaixo de sua capacidade.
O termo "borderline" (limítrofe) deriva da classificação de Adolph Stern, que descreveu esta doença, na década de 1930, como uma patologia que permanece no limite entre a neurose e a psicose. É uma personalidade imatura, caracterizada por difusão de identidade e uso de defesas primitivas e conflituosas.
De acordo como DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 4º Ed), o transtorno da personalidade borderline se manifesta no início da idade adulta e deve ser identificado, no mínimo, cinco dos seguintes critérios:
  • Esforço frenético no sentido de evitar um abandono real ou imaginário;
  • padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos, caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização;
  • perturbação de identidade: instabilidade da auto-imagem;
  • impulsividade em pelo menos duas áreas prejudiciais á própria pessoa (por exemplo: gastos financeiros, sexo, abuso de substâncias, comer compulsivo);
  • recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento automutilante (ferimentos em si mesmo);
  • instabilidade afetiva, devido a uma acentuada mudança de humor (por exemplo: episódios de intenso mal-estar, irritabilidade ou ansiedade, geralmente durando algumas horas, no máximo um dia);
  • sentimentos crônicos de vazio;
  • raiva inadequada e intensa ou dificuldade em controlar a raiva;
  • ideação paranóide transitória (breve) e relacionada ao estresse ou a graves sintomas dissociativos (depressão, ansiedade, estresse).

Como em muitas outras patologias psiquiátricas, não se sabe ao certo a causa desse transtorno de personalidade, ainda assim, acredita-se que pode ter causas genéticas envolvidas.
A maioria dos estudos indica uma infância traumática (abuso sexual, outras formas de abuso, família disfuncional, separação dos pais, ou a soma desses e outros fatores). Estima-se que 2% da população sofra desse transtorno, com mulheres sendo mais diagnosticadas do que homens.
Em uma visão cognitiva, as pessoas com esse transtorno geralmente têm crenças que incluem ideias de dependência, desamparo, comportamento extremo de busca de atenção, medo de rejeição, abandono e de perda de controle emocional.
Um tratamento relativamente breve como a terapia cognitiva, tem como objetivo inicial a redução da impulsividade, do comportamento automutilante, do abuso de substâncias, obter certo controle sobre as emoções e entendimento dos problemas, motivando o paciente a continuar a psicoterapia por um período mais longo, pois esses paciente são na maioria resistentes ao tratamento.
Juntamente com a medicação, quando necessária, uma terapia mais longa significaria uma mudança maior e mais profunda, chegando ao nível dos esquemas e crenças que a pessoa tem de si, do mundo e dos outros trazendo uma melhora mais significativa em sua qualidade de vida e satisfação pessoal.

Fonte:Terapia cognitiva dos transtornos de personalidade. Artes Médicas, Porto Alegre, 1993. (Original publicado em 1990).
Diagnnóstico e estatístico de transtornos mentais. 4a edição. Porto Alegre: Artes Médicas; 1995
Uma visão psicobiológica da personalidade limítrofe. Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul[online]. 2005, vol.27, n.3, pp. 262-268. ISSN 0101-8108.  http://dx.doi.org/10.1590/S0101-81082005000300005. 

Para saber mais:
http://goo.gl/AZhVd



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